Entenda a diferença entre seguro viagem e assistência de viagem

Compreenda o que mudou após a resolução da Susep. Veja como funcionava antes e como é hoje. Saiba qual a importância de ter um seguro viagem.

24 julho 2024

Muitos viajantes se perguntam qual a diferença entre seguro viagem e assistência de viagem. Você também não sabe? Não se preocupe, a gente conta pra você!

Em 2016 entrou em vigor a resolução 315/2014 da SUSEP (Superintendência de Seguros Privados) – que regulamenta e fiscaliza a venda de seguros no Brasil –, que alterou diversas condições para a venda do seguro viagem.

A principal diferença entre os dois produtos está na forma de cobertura e na maneira como os serviços são prestados, e vale a pena avaliar as necessidades específicas de sua viagem antes de escolher entre essas duas alternativas.

Algumas pessoas podem se sentir mais seguras com a cobertura financeira oferecida pelo seguro viagem, enquanto outras podem preferir a conveniência e a tranquilidade da assistência viagem, em que os serviços são prestados diretamente.

Para te ajudar a fazer a melhor escolha e garantir que você esteja protegido contra imprevistos, preparamos um guia com tudo sobre o tema. Boa leitura!

Índice

Qual a diferença entre seguro viagem e assistência de viagem?

Qual a diferença entre seguro e assistência de viagem — Unsplash

Entender a diferença entre seguro viagem e assistência de viagem pode ser confuso para muitos viajantes, mas a resolução 315/2014 da SUSEP tornou essa distinção mais clara.

Basicamente, tanto o seguro viagem quanto a assistência de viagem visam proteger o viajante contra imprevistos, como emergências médicas e problemas com bagagem. A diferença principal reside na forma de atendimento e cobertura.

Com a resolução 315/2014, caso você enfrente uma emergência durante a viagem, terá a liberdade de escolher entre dois tipos de atendimento. Confira!

Como era antes da resolução?

A confusão existe em razão da antiga diferença entre seguro viagem e assistência viagem.

Antes da resolução entrar em vigor, o seguro viagem visava exclusivamente reembolsar o viajante com eventuais despesas que ele tivesse tido durante a viagem.

Em outras palavras, em caso de necessidade, o viajante deveria buscar algum centro de atendimento e pagar as despesas por conta própria. Ao retornar, poderia solicitar o reembolso à seguradora.

Na assistência de viagem, o procedimento era diferente. Em uma emergência, o viajante deveria entrar em contato com a seguradora, que o direcionaria a um espaço conveniado capaz de oferecer auxílio e atendimento.

Os custos seriam imediatamente cobertos pela seguradora de forma integral, sem a necessidade de desembolso inicial por parte do segurado.

O que mudou com a resolução da Susep?

Com a resolução, a Susep unificou o seguro viagem e a assistência viagem em um único produto, o seguro viagem, eliminando a distinção entre os dois. Essa mudança trouxe maior clareza e flexibilidade para os viajantes, que agora têm poder de escolha.

Com a nova regulamentação, o viajante pode optar entre ser atendido em uma rede conveniada ou escolher um local de sua preferência, arcando com as despesas e solicitando reembolso após voltar para casa.

Além disso, apenas seguradoras estão autorizadas a vender seguro viagem – agências de viagem e operadoras de cartão, por exemplo, só são permitidas a operar como representantes.

A Susep determinou, ainda, que ao menos uma dessas coberturas básicas deve ser obrigatória:

Despesas médicas, hospitalares e/ou odontológicas em viagem nacional (DMHO em viagem nacional);
Despesas médicas, hospitalares e/ou odontológicas em viagem ao exterior (DMHO em viagem ao exterior);
Traslado de corpo;
Regresso sanitário;
Traslado Médico;
Morte em viagem;
Morte acidental em viagem;
Invalidez permanente total ou parcial por acidente em viagem.

É possível também contratar coberturas adicionais, como seguro bagagem, interrupção de viagem, regresso antecipado e até assistência funeral. Também é possível encontrar oferta de outros tipos de assistência, como judicial e auxílio em caso de perda de documentos e cartões.

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É necessário fazer seguro de viagem?

Fazer um seguro viagem é uma medida recomendável mesmo quando o item não é obrigatório. Aliás, muitos países exigem esse documento, além do passaporte e outros registros de identificação, para permitir a entrada de estrangeiros.

O seguro viagem oferece proteção e assistência em diversas situações, como emergências médicas, problemas com bagagem e até interrupção de viagem, sendo útil tanto em viagens nacionais quanto internacionais.

Afinal, não importa o destino, viajar protegido é sempre a melhor escolha.

Por que é importante contratar um seguro viagem?

Importância do seguro de viagem — Unsplash

A última coisa que você quer é enfrentar emergências de saúde ou acidentes longe de casa, mas estar preparado para esses imprevistos pode ser a melhor forma de se proteger.

O seguro viagem é uma medida preventiva que cobre gastos inesperados durante o período em que você está viajando. E, embora muitas pessoas associem o seguro viagem a viagens internacionais, ele também é extremamente útil para viagens dentro do país.

As coberturas oferecidas vão além das despesas hospitalares, incluindo cancelamento de viagem, extravio de bagagem, despesas odontológicas, farmacêuticas e jurídicas, perda de documentos e até morte acidental.

Além disso, o segurado geralmente conta com acesso a uma central de atendimento, muitas vezes em português, para orientar e indicar onde procurar socorro, proporcionando suporte imediato.

Em outras palavras, um seguro viagem é uma forma de se prevenir contra situações adversas, garantindo que você possa aproveitar sua viagem protegido contra imprevistos que poderiam comprometer sua experiência.

O que acontece se não tiver seguro viagem?

Viajar sem seguro viagem pode resultar em uma série de complicações e custos inesperados, sobretudo em caso de emergência médica ou acidente. Sem essa proteção, você terá que arcar com todas as despesas do próprio bolso, o que pode ser extremamente caro, especialmente em países com altos custos de saúde.

Além disso, você também não poderá usufruir de uma rede de assistência em diversas situações, como problemas com bagagem, cancelamento de voos ou perda de documentos.

Além dos custos financeiros, a falta de seguro viagem pode levar a um aumento do estresse e da dificuldade de lidar com emergências em um ambiente desconhecido, possivelmente em outro idioma.

E vale lembrar que muitos países exigem o seguro viagem como condição para entrada: sem ele, você pode ser impedido de desembarcar.

Ou seja, viajar sem seguro pode ser financeiramente arriscado e transformar uma situação difícil em uma verdadeira crise.

O que um seguro viagem deve cobrir?

Um seguro viagem deve incluir uma série de coberturas essenciais, conforme as normas estabelecidas pela SUSEP, para garantir assistência em situações imprevistas que envolvam a saúde ou outras eventualidades.

Ao menos uma das seguintes coberturas deve ser incluída de forma obrigatória em qualquer apólice de seguro viagem:

Assistência médica, odontológica e hospitalar 24 horas;
Traslado médico;
Traslado de corpo;
Ressarcimento ou regresso sanitário;
Indenização em caso de falecimento ou lesão grave que resulte em invalidez parcial ou permanente.

Além das coberturas obrigatórias, é possível contratar adicionais para personalizar a apólice conforme as necessidades específicas que você possa ter, como:

Seguro para extravio de bagagem;
Assistência jurídica;
Cancelamento de viagem;
Despesas farmacêuticas;
Ajuda em caso de perda de documentos;
Prática de esportes;
Proteção para gestantes.

Como contratar um seguro de viagem?

Para contratar um seguro viagem, comece pesquisando diferentes empresas que oferecem este serviço, avaliando suas coberturas, preços e reputações. Consulte sites de comparação, como o Seguros Promo, para facilitar a escolha.

Após selecionar algumas opções, verifique as condições gerais e exclusões de cada apólice, assegurando-se de que todas as suas necessidades sejam atendidas.

Entre em contato com as seguradoras para esclarecer eventuais dúvidas e, se possível, negocie melhores condições. Com a escolha feita, preencha o formulário de proposta, informando todos os dados pessoais e detalhes da viagem.

Uma vez que o formulário seja enviado, você deverá aguardar a análise e aprovação da proposta pela seguradora. Em seguida, basta efetuar o pagamento conforme as instruções recebidas.

Depois que o pagamento for confirmado, você receberá a apólice do seguro por e-mail, que deve ser revisada e mantida em local seguro durante a viagem.

Quanto tempo antes da viagem devo contratar um seguro de viagem?

Quando contratar um seguro viagem — Unsplash

Contratar um seguro deve ser uma das primeiras providências ao planejar uma viagem, idealmente logo após a compra das passagens. Muitas seguradoras não aceitam emitir seguros para viagens já iniciadas, por isso, a contratação antes da partida é estratégica.

Se não for possível adquirir o seguro assim que as passagens forem compradas, o ideal é fazê-lo com pelo menos 15 dias de antecedência. Este prazo permite ao viajante esclarecer todas as dúvidas sobre a apólice e realizar eventuais alterações necessárias.

Você também precisa se certificar de que a validade do seguro cobre todo o período da viagem, especialmente em locais como os países do Espaço Schengen, onde é obrigatório que o seguro seja válido durante toda a estadia.

Caso haja uma decisão de estender a viagem, você deve solicitar a extensão da vigência do seguro, o que algumas seguradoras permitem – embora não sejam todas.

Conhecer a diferença entre seguro viagem e assistência de viagem é o primeiro passo para viver uma viagem mais protegida.

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